8 de jul. de 2010

Classe: Amphibia

Os anfíbios são vertebrados do subfilo dos tetrapodes e foram os primeiros de seu filo a fazerem a transição da vida marinha para a terrestre, apesar de tal passagem não ser completa.
Em seus estágios iniciais possuem vida aquática e apresentam brânquias, durante o processo de metamorfose para fase adulta ganham patas e pulmões.
Possuem uma pele fina e permeável, são gnathostomatos, com dentilos localizados no céu da boca. Habitam regiões tropicais e de alta humidade, geralmente próximos a fontes d'água.



Principais características:
  • Possuem pele sem cobertura, escamas, pelos ou penas, e altamente permeável, perdendo água muito facilmente. Por tal motivo possuem glândulas produtoras de muco que umedecem a pele.

  • A pele é muito vascularizada auxiliando os pulmões na troca gasosa.

  • Nas espécies terrestres uma longa língua mucosa auxilia na captura de presas (em paralelo com o camaleão).

  • Possuem cloaca (bolsa onde terminam os sistemas excretor, digestório e reprodutor).

  • Em sua maioria são animais venenosos.
Os anfíbios dividem-se em 3 ordens:
  • Anura (anuros): Não possuem cauda, tem pernas traseiras bem desenvolvidas. Locomovem-se aos saltos, as pererecas possuem dedos adaptados pra aderir a superfícies inclinadas e verticais.Possuem glândulas produtoras de veneno, maioria, nos sapos. Existem glândulas paratireóides, através dos olhos. Fazem vocalização utilizando uma bolsa papal para atrair as fêmeas para a reprodução, e que também auxilia na entrada de ar para o pulmão. Ex: Sapos, rãs e pererecas.


  • Urodela (urodelos): Possuem pernas e cauda, com uma coluna vertebral longa e flexível. Movimentam-se pelo meio terrestre caminhando, com o movimento ondulante do corpo auxiliando o equilíbrio durante o movimento alternante das patas. Na água, o movimento ondulante do corpo os propele, como os peixes. Possuem fase larval aquática semelhante à terrestre, exceto pelas brânquias externas e pelas nadadeiras na cauda. Ex: Salamandras.

  • Gymnophiona ou Apoda: Apresentam corpo alongado e sem pernas. Com uma abertura dorsal. Possuem ao final do corpo, uma cauda curta. Ex: Cecília ou cobra-cega.


(Escrito por: Marcelo Mendes, José Eduardo e Gabriel Pires, revisado pelo grupo)
Fonte: "Anfíbios" (Jaime Bertolini, Editora Atria)

30 de jun. de 2010

Classe: Osteichthyes

Os osteíctes (ostes = osso; ictio = peixe) são também chamados de peixes ósseos, pois seu esqueleto é composto basicamente por ossos. Mas há espécies em que o esqueleto é rico em estruturas cartilaginosas. Nos adultos, persistem restos de notocordas na coluna vertebral.
As principais características dos osteíctes são:
  • Esqueleto ósseo
  • Boca anterior
  • Possuem bexiga natatória
  • Possuem opérculo grande com brânquias
  • Corpo geralmente coberto por escamas de origem dérmica, que podem ser de três tipos: ciclóide,ctenóide, ganóide. Existem osteíctes de pele lisa, sem escamas.
  • O maior grupo de todos os vertebrados é o grupo dos osteíctes. Vivem em água doce e no mar, e podem ficar até cerca de 9 mil metros abaixo da superfície dos oceanos.

Os peixes ósseos são divididos em 2 grandes grupos:

Actinopteygii (actinos = raios; pterygium = nadadeira)
Os actinopterígeos, como o próprio nome diz, são peixes de nadadeiras raiadas (sustentadas por raios). São ovíparos, embora agumas (poucas) espécies são vivíparas. Em seu estágio jovem são denominados alevinos. Nesses peixes, a bexiga natatória tem a finalidade de controlar a densidade do corpo (mas em alguns pode funcionar como pulmão). Em alguns actinopterígeos, que vivem em rios de regiões tropicais, surgiram a faringe e o intestino irrigado. Estão representados pela sardinha, salmão, truta, moréia, peixe-papagaio, entre outros.

Sarcopterygii (sarcos = carnoso)
Os sarcopterígeos possuem nadadeiras carnosas (sustentadas por ossos que se assemelham aos dos membros dos tetrápodes). A partir disso, acredita-se que os anfíbios teriam surgido de um grupo primitivo de sarcopterígeos que viviam em águas rasas, respirando por brânquias e por pulmões. Atualmente estão representados por apenas quatro gêneros que podem ser classificados em dois grupos: Actinistias e Dipnoi.

"Os actinistias eram considerados extintos até 1938, quando um exemplar desse grupo foi capturado vivo a cerca de 200m de profundidade, ao largo do arquipélago de Comoroa, na África. Analisado por especialistas foi denominado Latimeria chalumnae. Desde então já foram capturados no mesmo local cerca de 150 indivíduos com tamanho entre 75cm e 2m de comprimento. As latimérias possuem fecundação interna e são vivíparas."


Os Dipnóicos são peixes pulmonados. Possuem brânquias reduzidas, insuficientes para as suas necessidades respiratórias. É obrigatória para eles, a respiração aérea realizada pelo pulmão. Diferente dos demais peixes, os dipnóicos possuem narinas que se comunicam com a faringe através das coanas. Em relação à reprodução, os peixes pulmonados são ovíparos.
(Escrito por Manuela Stocco e revisado pelo grupo)
Fonte: "Peixes" (Aymon Macedo Diniz F., editora ática) e Bio II (Sônia Lopes, editora moderna)

29 de jun. de 2010

Classe: Chondrichthyes

(Tubarão)

Nesta classe estão os peixes cartilaginosos, como o tubarão e as raias. Seu esqueleto é formado apenas por cartilagens. Nos adultos, persistem restos de notocorda entre as vértebras.
As principais características dos condrictes são:
  • Esqueleto cartilaginoso.
  • Possuem nadadeiras pares e ímpares.
  • A epiderme é formada por escamas placóides (em formato de losango) de origem dermoepidérmica, semelhante ao dente humano.
  • A boca é ventral e transversal, com mandíbulas e várias fileiras de dentes pontiagudos, que são escamas modificadas. O intestino apresenta uma válvula espiral que termina numa cloaca ou no ânus (existem livros que admitem os dois e livros que admitem só a cloaca ou só o ânus).
  • Não possuem bexiga natatória.
  • Possuem cinco a sete pares de fendas branquiais que com excessão das quimeras, não estão cobertas pelo opérculo (vulgarmente chamado de guelras).

Os condrictes podem ser classificados em dois grupos:

Holocephali:

(Quimera)

Estão representados pelas quimeras, possuem calda longa e flexível, olhos grandes, ausência de escamas revestindo o corpo, possuem brânquias protegidas por opérculo, habitando águas oceânicas de baixa temperatura.

Selachii ou Elasmobranchii:

(Raia)

Representado pelo tubarão e pela raia, com aproximadamente 790 espécies, os organismos deste grupo chegam a medir de 6 a 20 metros de comprimento e possuem fendas brânquias descobertas.


Fontes: Bio II (Sônia Lopes, editora moderna), http://www.infoescola.com/
(Escrito por Rebeca Magalhães e revisado pelo grupo)

20 de jun. de 2010

Classe: Cyclostomata

(Imagem: Lampréia)
Os ciclóstomos foram seres abundantes nos mares em eras geológicas passadas, mais atualmente estão representados apenas pelos Petromyzontida (lampreias) e Myxini (feiticeiras). Os ciclóstomos possuem endoesqueleto cartilaginoso, boca circular e não possuem mandíbula, o que explica a denominação da classe.

Características dos principais representantes da classe:

-"Feiticeira": São animais de corpo alongado, liso e sem escamas e geralmente com 1m de comprimento, vivem principalmente nos oceanos e são exclusivamente marinhos. Tem como fonte de alimento os pequenos crustáceos e peixes moribundos. Junto a boca existem tentáculos e dentes córneos, que são usados para arrancar pedaços do corpo da presa. As feiticeiras são hermafroditas mas apenas um órgão é funcional e o processo de fecundação ainda é desconhecido. Possuem desenvolvimento direto, ou seja, não passam por estágio larval.

- "Lampreias": São ectoparasitas de peixes, baleias e golfinhos. Possuem
uma boca ampla com dentes córneos, que são utilizados para se fixarem na pelo de outros animais. Sua principal fonte de alimento é o fluído encontrado no corpo do hospedeiro. Podem medir até 1m e possuem sexos distintos. A fecundação é externa e os adultos morrem após liberarem os gametas. As lampreias sofrem um desenvolvimento larvar que pode durar anos e vão aumentando de tamanho e se desenvolvendo ao longo desse ciclo.

Fonte: Bio II (Sônia Lopes, editora moderna), www.infoescola.com, www.wikipedia.org.com, www.curlygirl.no.sapo/ciclostomos
(Escrito por: Dhuann Paiva, Felipe Rohen e Felipe Macedo, revisado pelo grupo)

18 de jun. de 2010

Subfilo: Cephalochordata


Os cefalocordados são um grupo pequeno de animais marinhos que são semelhantes aos peixes e estão representados por cerca de 30 espécies, geralmente são nomeados anfioxos (animais pequenos com corpo alongado e achatado lateralmente), onde vivem enterrados na areia com apenas uma extremidade de fora.

Estes animais apresentam as 3 principais características dos cordados, por isso são considerados por alguns como um ancestral hipotético deste filo. Os cefalocordados se diferem dos demais cordados porque conservam no adulto as características do filo, com notocorda dorsal estendendo-se desde a extremidade anterior até a ponta da cauda.

Seguem abaixo as principais características dos seguintes processos:

-Respiração e alimentação: A respiração dos cefalocordados é feita por brânquias, e com a circulação de água no seu interior, as partículas alimentares são empurradas da faringe para o sistema digestivo, portanto se alimentam por filtração.

-Reprodução: É geralmente sexuada, com sexos separados por fecundação externa. Os gametas são liberados para o exterior pelo átrio quando estão maduros. Do ovo resulta uma larva que cresce e gradualmente se forma com as características do adulto.

-Digestão: Os cefalocordados possuem tubo digestório completo (com boca e ânus). São animais filtradores, e a boca é a responsável por essa função, circundada por cirros que impedem a entrada das partículas grandes. Possuem cílios que movimentam a água e as partículas de alimento para as fendas branquiais e os cirros bucais. Os alimentos são digeridos por enzimas produzidas pelo ceco hepático.

-Excreção: Na região dorsal, existem células termiais denominadas solenócitos. Os produtos finais são lançados pelo átrio, onde são eliminados para o exterior.



Fonte: Bio II (Sônia Lopes, editora moderna), www.infoescola.com, www.wikipedia.org.br, www.curlygirl.no.sapo.com/cefalocordados
(Escrito por: Felipe Rohen, Dhuann Fiori e Felipe Macedo, revisado pelo grupo)

13 de jun. de 2010

Subfilo: Urocordatha

Os urocordados (uro=cauda) possuem notocorda na região caudal das larvas, que dependendo do grupo, persiste ou não nos adultos.

As ascidias são um exemplo de grupo de urocordados onde a notocorda não persiste na fase adulta. É comum encontrá-las nos costões rochosos dos mares e vivem isoladas ou em colônias.



Os urocordados possuem uma túnica resistente que reveste o corpo, formada pelo carboidrato chamado tunicina que é semelhante a celulose, por isso são conhecidos também como tunicados.

Em sua maioria, os urocordados são hermafroditas, porém possuem mecanismos que dificultam a autofecundação.

Os tunicados são marinhos, na fase larval tem em geral uma vida livre-natante, com a notocorda restrita apenas à região da cauda, e alimentando-se de plânctons. Quando encontram uma rocha ou pedra fixam-se e sofrem metamorfose, dando origem ao adulto. Na metamorfose em ascidia, a cauda e a notocorda desaparecem.


Fontes: Bio (Sônia Lopes - editora Saraiva), www.wikipedia.org.br, www.curlygirl.no.sapo.pt/urocordados.htm
(Escrito por Lorena Diniz e revisado pelo grupo)

10 de jun. de 2010

Filo: Chordata



Este filo é derivado da evolução dos deuterostômios. Os Cordados podem ser divididos em protocordados (Urocordados e Cefalocordados), que são destituídos de coluna Vertebral, e em vertebrados. Classificados nos subfilos: Urochordata, Cephalocordata e Vertebrata.


O filo Chordata possui características exclusivas, que surgem no embrião durante o desenvolvimento e podem ou não persistir nos adultos. São elas:

  • Notocorda: um eixo de sustentação, que deriva do mesoderma do embrião (nos vertebrados é total ou parcialmente destituída pela coluna vertebral)

  • Sistema nervoso tubular, oco e dorsal, que origina-se de invaginação (dobras da membrana celular para o interior da célula) do ectoderma dorsal do embrião.

  • Sistema respiratório derivado da faringe (fendas branquiais): fendas que surgem nas laterais da faringe durante o desenvolvimento do embrião e que podem ou não persistir no adulto.

  • Cauda: uma região posterior ao ânus, sem vísceras.


Existem evidências de que os protocordados tenham sido os primeiros cordados a surgirem. Os Urocordados são os que apresentam as características mais primitivas do filo.

Paródia Cordados


Autoria da professora Maria Helena e cantado por Lucas Silva (vídeo postado no Youtube)

Fontes: Biologia (Sergio Linhares e Fernando Gewandsznajder; editora ática); Bio (Sônia Lopes; editora saraiva); Biologia 2 (Wilson Roberto Paulino; editora ática); www.wikipedia.org.br
(Escrito por Lorena Diniz e revisado pelo grupo)

2 de jun. de 2010

Para início de conversa...

O ser humano está sempre fazendo divisões de tudo o que os cerca. Seja pelas características físicas, personalidade, modo e ambiente em que vivem, entre outros.

Devido à grande variedade existente de seres vivos, os cientistas viram a necessidade de ter cada ser vivo dividido em grupos e subgrupos, para facilitar seu estudo e dos demais seres semelhantes, com isso surgiu a Taxonomia, a ciência que classifica os indivíduos.

A primeira tentativa de classificar as 10 milhões de espécies do mundo foi feita pelo filósofo Aristóteles, que classifica os animais em: com ou sem "sangue vermelho". A partir do século XVII surgiram novos conceitos de divisão. O conceito de espécie foi criado pelo naturalista inglês John Ray, e a partir dessa classificação, os seres vivos começaram a serem separados de acordo com sua história evolutiva e desenvolvimento embriológico.

A Taxonomia teve um grande avanço a partir do livro Systema Naturae, publicado em 1735 por Carl Von Linné (mais conhecido como Lineu), em que se falava sobre a divisão dos seres vivos em 3 reinos: Animal, Vegetal e Mineral (atualmente os reinos existentes são: Animalia, Protoctista, Monera, Fungi e Plantae) e a divisão em: Reino, Filo, Classe, Ordem, Gênero e Espécie. Desde então esse sistema binomial e a forma de divisão foram usadas na classificação, sendo o primeiro nome do ser vivo indicando o gênero (primeira letra maiúscula e as demais minúsculas) e o segundo a espécie (em letra minúscula), ambos em Latim e escritos em itálico ou grifados.

A unidade taxonômica fundamental é a espécie, que agrupa os seres vivos que possuem as mesmas características cromossômicas, anatômicas e fisiológicas semelhantes, além de principalmente terem a capacidade de, a partir do cruzamento, gerarem descendentes férteis. Assim, espécies que apresentam algumas características em comum são agrupadas em gêneros que por sua vez são agrupados em famílias que serão agrupados em ordens fazendo uma classificação crescente (de espécie até reino).

Neste blog trabalharemos com o filo dos Cordados, que são animais que possuem notocorda, tubo nervoso dorsal, fendas branquiais e cauda pós-anal, em pelo menos uma fase de suas vidas.

(Escrito por: Yasmin Aguiar e Gabriel Costa, revisado pelo grupo)